A vida é uma peça de teatro, que não permite ensaios. Por isso, cante, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
"Há corações que param no passado; e para que isto não aconteça com você deixo-lhe este pequeno lembrete, para que o seu coração, ao mover-se no futuro, encontre sempre algo no presente."
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." ( Rui Barbosa )
INTROÇÃO
O sistema consorciado é uma tecnologia muito utilizada na produção de hortaliças, e que influencia profundamente a produtividade das culturas, além de gerar inúmeros benefícios fitotécnicos; tornando-se necessário maiores estudos sobre os policultivos de hortaliças e suas diferentes associações, ocasionando na maioria das vezes um aumento de produção por unidade de área e uma maior lucratividade para os olericultores (Caetano, 1999).
A consorciação de culturas é o aproveitamento do mesmo terreno, por duas ou mais culturas diferentes, na mesma época, muitas espécies podem ser associadas entre si pois, se favorecem mutuamente (Santos, 1998).
A consorciação permite maior densidade de plantas por unidade de área que um sistema de monocultivo, ocorrendo, então, melhor cobertura do solo, o que reduz a incidência de plantas daninhas e melhora a proteção do solo contra a erosão (Zaffaroni, 1987), também, proporciona um aumento na renda líquida aos agricultores, fato este verificado por vários autores (Cecílio Filho & May, 2002; Catelan et al., 2002a e 2002b; Rezende et al. 2004 e 2005a), melhor uso da mão-de-obra Em, dos recursos ambientais, possibilidade de obtenção de outras fontes de renda, diminuição do uso de insumos não renováveis, como fertilizantes e agrotóxicos, ou permitir uso mais racional dos mesmos (Horwith, 1985).
O cultivo consorciado caracterizar-se pela optimização no uso de insumos e a olericultura por uso intensivo do solo e de grande emprego de insumos agrícolas, será grande a contribuição deste sistema de cultivo para a actividade olerícola, não só pelas vantagens que proporciona mas, principalmente, pela possibilidade de situar a olericultura dentro do contexto de agricultura com menor impacto ambiental. Em um sistema de consorciação, a competição entre plantas é maior pela luminosidade do que por água e nutrientes (FRANCIS et al. (1976).
Como implementar No presente estudo, daremos maior realce ao consorcio Couve de folhas-Alface-Couve de repolho, o qual as originária da bacia do mediterrâneo, pertencem a família das crucíferas e a espécie Brassicas, (Vavilv, 1949).
As couves são utilizadas cozidas, preparada de diversas maneiras e nalguns casos são utilizados cruas em salada, alem disso, podem servir como base para a preparação de vários produtos industrial como pickles, enlatados, as couves são fonte de vitamina - em especial A e, mas também B1 e B2- aminoácido e sais minerais, exercendo função importante na regulação do aparelho digestivo (Boswell, 1961). As couves preferem climas temperados e húmidos, são sensíveis a seca, preferindo solos ligeiros e bem drenados exigindo um pH óptimo que varia de 6,5-7,5, as couves são, de um modo geral, plantas adaptáveis as mais diversas condições de clima e solo (Shoemaker, 1953).
A alface (Lactuca sativa) é uma cultura de origem asiática, pertence a família composta, grupo Lactuceas, (Vavilv, 1949). A alface actualmente esta difundida em todo o mundo, nos Estados Unidos de América é das plantas hortícolas que tem maior valor comercial, é consumida, principalmente como salada, embora possa ser também por vezes cozinhadas. É rica em vitamina A, tem uma boa dose de vitamina B1 E B2, e apresenta vestígios da vitamina C. conte também cálcio e ferro (Barbosa, 1884).
A alface prefere solos areno-argilosos com baixa acidez e com bastante matéria orgânica, e com pH 6 a 6,8 preferindo os períodos frescos, com as altas temperaturas, a adapta-se a diverso tipos de terreno, principalmente se fresco e bem drenados (Kelly 1957) BIBLIOGRAFIA CAETANO, L.C.S.; FERREIRA, J.M.; ARAÚJO, M.L. de. Produtividade de cenoura e alface em sistema de consorciação. Horticultura Brasileira, Brasília, v.17, n.2, p.143-146, 1999. SANTOS, R.H.S. Interacções interespecíficas em consórcios de olerícolas.
Viçosa: UFV, 1998. 129p. ALTIERI, M.A.; SILVA, E.N.; NICHOLLS, C.I. O papel da biodiversidade no manejo de pragas. Ribeirão Preto: Holos, 2003. 226p. FRANCIS, C.A. Multiple cropping potentials of beans and maize. HortScience, Alexandria, v.13, n.1, p.12-17, 1978. CECILIO FILHO AB; MAY A. 2002. Produtividade das culturas de alface e rabanete em função da época de estabelecimento do consorcio, em relação aos monocultivos. Horticultura Brasileira, 20: 501-504. CATELAN F; CANATO GHD; MARTINS MIEG; CECÍLIO FILHO AB. 2002b. Análise econômica das culturas de beterraba e rúcula, cultivadas em monocultivo e consórcio. Horticultura Brasileira, 20: 2, Suplemento 2. CD-ROM. Trabalho apresentado no 42º Congresso Brasileiro de Olericultura, 2002b. VAVILOV, N.L. 1949. The origen variation, immunity and Breeeding of cultivated planta. Chron vat, 13. BOSWELL, V.R. 1961. Rhulard production outdors and in. u.s dept. Agr. Foemers. Bill. 354 SHOEMAKER, J.S. 1953. Vegetable growing.
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